(para Gonzaga Medeiros e Teodorico Figueiredo)
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Dois amigos meus, tão gente fina,
São os que têm a língua mais ferina.
Tanto ferem como causam dissabor
Os mexericos seus, seja a quem for.
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Espiam tudo e seus largos ouvidos
Nada deixam passar despercebido.
E o que escutam vai rapidamente
Sendo espalhado ao vento diligente.
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Parecem duas comadres a futricar
E em meio às gargalhadas, agregar
Alguns detalhes novos, ali e aqui.
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Assim vão esses dois a se entreter
Com o interesse alheio a os mover
Sempre sorrindo e nos fazendo rir.
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