Quem vê o trem passar
Na corredeira
Sem beira, sem eira
E bem depressa
Poesia é trem que passa
A vida inteira
Esquiva pirambeira
O que nos resta
Depois de ver o trem
E não pareça
A lavra da palavra
A nau poética
Embora haja um trilho
Então esqueça
Poesia é uma sereia
Encanta à beça