A vida não me pertence,
esse calor me arrepia
e antes que amanheça o dia
visitarei a Escandinávia.
Quero enterrar as canelas
na neve branca mais fria,
onde jaz o setentrião.
Sonho guardar nas retinas
a aurora boreal
que em Tromso se escondeu.
A vida não me pertence,
é curta, igual redemunho,
já anda pelas beiradas
e antes que amanheça o dia
pousarei na Escandinávia.
Um amigo me acompanhe
no último trago de glogg
com que o inverno nos brinda
e que o velho trenó
não deixe marcas na tundra.
Antes que a noite caia
sobre a minha carcaça,
sumirei na Escandinávia.
Pra quem fica, até a vista!
Comentários
Viaje poeticamente até a Escandinávia, meu caro, mas mantenha firmes os pés nas gerais, sem se desterrar jamais de campos rubínicos!