Do cume da mais alta torre
grito o teu nome
não me escutas
Do cume da mais alta torre
pontilhada em escuridão
vejo a cidade
E na geometria da cidade vagueias
perdida de mim, à minha procura
E na insônia da madrugada afundas
pretérita, silente, inesquecível
Do cume da torre mais alta
um homem a esperar
fita o relógio
E o tempo dá mostras de que nunca
em lugar nenhum
há de findar