Suzenando deixou dona Elvira na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que estava sendo reformada pelo Lalino, o italiano Geraldo Giovani Prudencini, e foi pra porta da venda do Dôco como de costume, onde já tinha plateia cativa.
O Dôco acabava de abrir as portas e preparava dois caixotes de querosene, um ao lado do outro, para expor uma mandioca que tinha vindo da Fazenda Capoeira do Zé Maria do Davi.
A mandioca media 1 metro e sessenta e nos 50 primeiros centímetros tinha o diâmetro de 70 centímetros.
Suzenando mal pode esperar completar a chegada da plateia domingueira para contar mais uma das suas…
“Dia desses, Elvira me chamou bem cedo assustada com 7 leitõezinhos que fuçavam nosso quintal…
Estranhei a presença dos animaizinhos pois aqui perto só quem tem criação de porcos é o Diodoro meu irmão que mora do outro lado do corgo das Lajes, nós trata ele de Dóro.”
Um garoto, chamado Zé da Amaziles, sempre o corrigiu: “Seu Suzenando não é corgo. É córrego que se fala…”
Suzenando nem dava ouvidos e continuava: “O corgo das Lages naquele lugar tem quase 3 metros de largura e uns 6 ou 7 de fundura…
A única passagem é uma pinguela feita com um pau d’óleo roliço que nunca ia dar passagem pros leitões…
Travessei o corgo e fui falar com Diodoro… Os leitões eram dele mesmo, de um porca que tinha parido há mais de uma semana.
Geraldo, filho de criação do Dóro, deu a ideia de ir lá em meu quintal e tocar os leitões para ver por onde voltavam.
Não deu outra… os bichinhos correram um atrás do outro e junto a um velho pé de mandioca, entraram num buraco e enfiaram pra dentro de uma mandioca que havia crescido e atravessado o corgo do meu quintal pro terreno do Dóro. Os danados dos leitões começaram a roer a mandioca no lado de lá e saíram no meu quintal…”