Wilson Dias no “Quintas da Viola”

Publicado por Nádia Campos 15 de março de 2010

Wilson Dias no “Quintas da Viola”

Wilson Dias – dia 18/03 – 5a. feira – 20:00 hs

Local: Jequitibar: Av. Assis Chateaubriand, 577 – Floresta – BH

Fone: 31-3271.6522

Contatos: Luiz Trópia 31-8893-7806- Tadeu Martins 31-8474-2050

Segundo Tadeu Martins, artista e produtor cultural, o projeto Quintas da Viola pretende transformar o Jequitibar em um espaço de encontro de violeiros a da música tradicional; divulgar a viola mineira.

Minas Gerais está passando por um momento de reconhecimento e revalorização da nossa música que brota dos congados, das folias, do nosso sertão que foi descrito de maneira tão bonita por Guimarães Rosa.

A música do sertão caipira traz, acompanhada pela viola, a memória e a descrição oral de uma cultura, uma maneira de olhar típica, que permite a liberdade e a inovação de cada interprete e compositor.

Sem resquício de provincianismo, digo que nosso estado é rico em manifestações, é uno e ao mesmo tempo diverso, ou seja, existem muitas Minas que têm existido discretamente entre montanhas e cerrados, e já era tempo de ampliar espaços, tanto para os turistas e viajantes, como para os próprios mineiros poderem sentir as cordas da viola lhes abrirem o peito.

A programação desta próxima quinta será do grande violeiro Wilson Dias. Com sua humildade, traz alegria, traz energia de devoção e sinceridade. É bom poder conferir de perto este cantador violeiro que consegue unir nossos ouvidos, pés, mãos e corações em uma comunhão musical! Vida longa a Wilson e à sua canção que é nossa também!!!!

Wilson Dias nasceu em Olhos Dágua, no Alto Jequitinhonha, e fez da viola o seu instrumento predileto. Com ela, mostrará  canções do álbum “Picuá”, mesclando influências roseanas com as cantigas populares do Jequitinhonha.

“Picuá” de Wilson Dias é um disco da terra, do rio, das gentes e dos pássaros. O elemento mais forte, que perpassa todas canções, é espiritual. Há uma certa religiosidade natural, uma delicadeza que se revela como visão de mundo. Essa ética artística traz nela, como um fio, algumas certezas sobre o ritmo da natureza, sobre o destino do homem, sobre a necessidade de se render ao espírito: os cantos de festas, os anúncios de novos tempos, a crença nos ciclos inquebrantáveis, a aposta na alegria que não perde a dimensão da dor. Delicado e forte. Como o som das caixas de folia. Como o rosto dos homens xucros, que tocam os tambores, com roupas claras, fitas coloridas e flores na mão.

Comentários
  • GILMARA 4412 dias atrás

    Preciso de algumas letras de músicas típicas de MG para um trabalho. Pena que não consegui achá-las para imprimí-las. Seria interessante se colocassem. as letras a disposição.

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