VivaViola – Viva o Povo Brasileiro!

Publicado por Nádia Campos 12 de agosto de 2009

VivaViola

Antes de falar deste bonito encontro de seis violeiros, grandes figuras humanas, habilidosos e comprometidos com a cultura brasileira, vale a pena falar um pouquinho sobre a historia da viola.

Alguns estudos mostram que através da influência de instrumentos árabes, surge no começo do milênio passado na Espanha a guitarra latina com 4 pares de cordas. Com o fluir do tempo foi evoluindo e chegou a Portugal com o nome de viola. Chegou ao Brasil pelas mãos dos jesuítas com 5 pares de cordas, usada para a catequização dos índios junto com as tradições das Festas de Reis e do Divino. Rapidamente passou a ser o instrumento mais popular do Brasil, sendo fabricado pelos próprios nativos. Com a chegada do violão, a viola passou a ser cada vez mais caracterizada como um instrumento rural, enquanto o violão mais urbano. A primeira gravação da viola em estúdio, foi de um grupo de Reisado liderado pelo paulista Cornélio Pires em 1929. A partir daí começaram a surgir as duplas caipiras como Tonico e Tinoco, Belmonte e Amaraí. Com o alto fluxo migratório do campo para as cidades ao longo do século passado e ainda a difusão do pop estrangeiro no país, reforçada pela chegada dos militares ao poder, a viola foi perdendo espaço, mas ainda permaneceram focos de resistência. É importante lembrar de violeiros como Zé Coco do Riachão, Tião Carreiro, Renato Andrade, na manutenção de tradições e nas inovações na viola. Instrumento de infinitas possibilidades.

Atualmente a viola está retomando força, voltando a despertar o interesse de todos, neste movimento imprescindível de reconhecimento das raízes e da identidade do povo brasileiro.

Os mineiros Bilora, Chico Lobo, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Wilson Dias e Pereira da Viola estão sem dúvida bem posicionados nesta grande árvore ancestral e ainda possuem o dom da inovação e da criação.

Comentários
  • Juliana – Sao Joaquim de Bicas – MG 5578 dias atrás

    Nádia, assim como a viola nós também temos infinitas possibilidades. Parabéns pelos belos artigos!!!

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