Dissemina-se incontida,
A milícia que entranha.
Ou um tipo de máfia.
Esta estrutura pavorosa,
Pela violência ou malícia,
Assassina quem resiste,
E o que sobra, torna escrava.
Que aterroriza e mata,
Na periferia explora,
A extorsão e chantagem,
Fazendo desta prática,
Uma banalidade diária.
O próprio ódio encarnado,
Ardilosamente se esconde,
Em outro lugar e posto,
Ou dentro do grande Palácio.
Pulsa o vírus da mentira,
É da verdade seu duplo,
Uma espécie de embuçado.
Fica logo transvestida,
E na troca dos sentidos,
Torna-se uma nova mentira.
Que os robôs do crime,
Multiplicando o falso,
Torna o povo perdido.
O ser simples se aliena,
E alheia a essência,
Fica penalizada a forma.
Com o sinal trocado,
Fica a liberdade perdida,
Faz-se do jugo, a escolha.
Vive o monstro da mentira,
Em um combate sem trégua
E quem decide quem vence,
Na grande arena do tempo,
É o ser que nele mora.
Que só vê o que convém,
Desvia os olhos da sarjeta,
Constrói uma grande mureta,
E com habilidade e astúcia
Sempre se safa muito bem.