As vendas de armas subiram 4% no mundo todo em 2008 em relação a 2007, e 45% em relação a 1999, segundo o informe anual do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), divulgado no último dia 8 de junho.
O gasto mundial com armamento militar cresceu 4% em relação com o ano anterior, atingindo o recorde de 1,46 trilhão de dólares ou 2,85 trilhões de reais. Os Estados Unidos foram responsáveis por metade do gasto total no ano passado 607 bilhões de dólares, ou 1,18 trilhão de reais e por 58% do crescimento dos gastos na última década. O instituto, que realiza pesquisas independentes sobre segurança internacional, armas e desarmamento, informou que os gastos militares no ano passado comprometeram cerca de 2,4% do PIB mundial, correspondendo a 217 dólares per capita.
Em segundo lugar aparece a China, com um gasto estimado de 84,9 bilhões de dólares ou 165,3 bilhões de reais, seguida pela França, que gastou 65,7 bilhões de dólares ou 127,9 bilhões de reais. O Reino Unido teve gastos totais de 65,3 bilhões de dólares ou 127,1 bilhões de reais e a Rússia, 58,6 bilhões de dólares ou 114,1 bilhões de reais.
Completam a lista dos dez primeiros países que mais gastaram em armamento militar em 2008 a Alemanha, o Japão, a Itália, a Arábia Saudita e a Índia.
De acordo com o informe do Sipri, tanto a China quanto a Rússia quase triplicaram seus gastos militares na última entre 1999 e 2008.
O instituto destacou também o incremento em países de liderança regional, como a Índia, a Arábia Saudita, Irã, Israel, o Brasil, a Coreia do Sul e a Argélia. Sobre o Brasil, o documento afirma que o país “continua aumentando seus gastos enquanto busca aumentar seu poder e status regionais”.
A ideia de ‘guerra contra o terror’ foi usada amplamente para justificar um alto gasto militar”, disse o chefe do Projeto de Gastos Militares do Sipri, Sam Perlo-Freeman. As guerras no Iraque e no Afeganistão custaram 903 bilhões de dólares em gastos adicionais militares apenas pelos Estados Unidos.
A empresa norte-americana Boeing continuou sendo a maior produtora de equipamentos militares em 2007 — o ano mais recente com dados disponíveis — com 30,5 bilhões de dólares vendidos.
EUA armazenam quase 10 mil Ogivas Nucleares
A edição de novembro/dezembro de 2006 do Boletim dos Cientistas Atômicos, Bulletin of the Atomic Scientists, traz um artigo que mostra que os Estados Unidos armazenam suas quase 10 mil ogivas nucleares em 18 localidades de 12 estados e seis países europeus.
De acordo com o artigo, a maior concentração de ogivas nucleares encontra-se na Instalação de Armas Estratégicas do Pacífico em Bangor, estado de Washington. Ali estão localizadas mais de 2.300 ogivas – provavelmente a maior concentração de armas nucleares num único lugar em todo o mundo. Cerca de metade dessas ogivas é composta de mísseis balísticos submarinos em ação no oceano Pacífico.
Cerca de 1.700 ogivas estão espalhadas em mísseis balísticos submarinos classe Ohio que operam nos oceanos Pacífico e Atlântico, e aproximadamente 400 ogivas estão em oito bases em seis paises europeus – Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Turquia e Grã-Bretanha. Os Estados Unidos são o único Estado nuclear que mantém armas nucleares em paises estrangeiros.
O governo dos EUA se recusa a divulgar onde armazena as armas nucleares, mas os pesquisadores são enfáticos em afirmar que todas as localidades são conhecidas há anos por armazenar armas nucleares. A segurança das armas nucleares é determinada não pelo conhecimento de sua localização, mas pela proteção militar física das instalações e para que as armas não possam ser detonadas por pessoal não-autorizado.
Comentários
Segundo o escritor Umberto Eco, na épígrafe de “O nome da rosa”, “as crianças e os loucos dizem sempre a verdade”. Nós que vivemos cercado por medo difundido pela religião tradicional e a grade midia que é a nova religião, estamos precisando de malucos como vocês que dizem tudo o que lhes vem na telha, para pensarmos no mundo real. Como dizem na frente de combate: em frente, marche!
Pena que no Brasil as pessoas não confiam no Exército, e que os militares não conseguem dar uma versão convincente para o que fizeram ou tentaram fazer enquanto estavam no governo.