O que vejo

Published by Antonio Ângelo 13 de November de 2018

Por mais que em sua plenitude
Se instale a Primavera
À minha volta
Pontificam os arautos do monetarismo

Por mais que a Lua flutue no ar
Com indescritível beleza e sedução
Vejo que à minha volta
Mais atrai olhares a televisão

Por mais que no jardim
O tenro broto da Democracia viceje
Vejo à minha volta os que se uniformizam
E armas exibem à cintura

Por mais que a alvorada
Transpasse as janelas, imprima-se nas paredes
Vejo que no porão murmuram
Urdem operosamente estratégias
Para abortar a Primavera

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