Já não quero olhar para trás

Publicado por Editor 29 de novembro de 2012

Já não quero olhar para trás
Da estrada que percorri
Trago as poesias que me escolheram
As cicatrizes que se abriram
As tralhas que adquiri
E um apetite voraz

Sozinho parti e sozinho chego
Mas não me perguntem por onde andei
Juntando poemas que nunca escrevo
Formando um poeta que jamais serei

Mas volto sereno
Pois sobrevivi à neblina
Ao olhar que recrimina
Ao gosto do veneno

E de volta me encontro
À casa que me acolheu
Na volta quase impossível
De um livro que se escreveu.

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