Mercedes Sosa faleceu de insuficiência renal aos 74 anos em uma clínica de Buenos Aires, onde vivia, no último domingo, dia 4 de outubro. A seu pedido seu corpo será cremado e suas cinzas jogadas ao vento em três cidades argentinas: San Miguel de Tucumán, onde nasceu, Mendoza, onde iniciou sua carreira e Buenos Aires, onde vivia. Após o anúncio de sua morte a família recebeu mensagens de apoio de vários chefes de estado latino americanos, entre outras personalidades. Michele Bachelet, presidente do Chile afirmou que “a América Latina perdeu a voz vigorosa que divulgava sua música”.
Na época da ditadura militar argentina, Mercedes Sosa, “La Negra” chegou a ser presa no palco junto com toda a platéia porque sua música de raiz era considerada contestadora do regime. “Gracias a la Vida” da chilena Violeta Parra, de quem foi a melhor intérprete, foi censurada enquanto os militares argentinos estiveram no poder. Estes consideravam que a atuação dos folcloristas predispunha as pessoas à ação contestadora, obrigando-a a se exilar.
Mercedes Sosa
Por Nadia Campos
Flor da América do Sul
Canto de Todos e Todas
Força dos rios
da Pacha Mama
Ultrapassa fronteiras
Traz o mais bonito
dos criadores de todos os cantos do continente
Canto que vem de mais além
de um lugar lindo e puro!
Nao é simplesmente um canto
Sao pássaros voando sem limites
pulsando liberdade
com fé na vida e destemor à morte
Agora se vai
mas fica eterna
nos corações e na memória do povo
deve estar entre anjos iguais a ela
Gracias, La Negra!!!!!!!
Mercedes Sosa canta “Canción Con Todos”