100 Anos de Violeta Parra – Belo Horizonte | Nádia Campos e Miriam Miráh – Direção Doroty Marques
Cine Teatro Brasil Vallourec
Praça 7 – Belo Horizonte
R$15/R$7,50
www.compreingressos.com
nas bilheterias do Cine Theatro Brasil
ou pelo telefone 31-2626-1251
Patrocínio: Governo de Minas e Cemig
Por todo o território chileno se celebram nesse 4 de outubro de 2017 os 100 anos da folclorista Violeta Parra, como também na Argentina e outros países da América Latina. O Brasil não poderia estar ausente nessa ocasião. Belo Horizonte, cidade agregadora e acolhedora das culturas brasileiras e latinas vai abrigar a homenagem por iniciativa da filha da terra, Nádia Campos, com patrocínio do Governo de Minas Gerais e da CEMIG. Como convidadas, Miriam Miráh e Doroty Marques.
Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, é também a precursora e principal inspiradora da Nova Música Latinoamericana, cuja principal expressão no Brasil foi Geraldo Vandré. Autora de páginas inapagáveis, como a canção “Volver a los 17”, que mereceu uma antológica gravação de Milton Nascimento, Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano e Gal Costa, “La Carta”, cantada em momentos de enorme comoção revolucionária, nas barricadas e nas ocupações, tem entre os seus versos o que diz “Os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia”.
Mas suas canções não apenas são marcadas por versos demolidores contra a injustiça social. O lirismo dos versos de canções como “Gracias a la vida”, gravada por Elis Regina, embalou o ânimo de gerações de revolucionários latinoamericanos em momentos em que a vida era questionada nos seus limites mais básicos, assim como a letra comovedora de “Rin de Angelito”, quando descreve a morte de um bebê pobre: “No seu bercinho de terra um sino vai te embalar, enquanto a chuva te limpará a carinha na manhã”.
Nádia Campos
Desde menina, Nádia Campos, mineira de Belo Horizonte, se comprometeu com a simplicidade, criou gosto pela música de raiz e pela natureza. Sob influência de artistas como João Bá, os irmãos Doroty e Dércio Marques, Violeta Parra, Mercedes Sosa e tantos outros, aos nove anos começou a participar de festivais de música, gravou participações nos discos de Rubinho do Vale e outros músicos mineiros. Mais tarde, foi aluna do paraguaio Eládio Pérez González, na Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte. Com dois CDs gravados, “Porque Cantamos” e “Cantigas de Beira Rio” foi convidada para abrir as celebrações dos 100 anos de Violeta Parra no museu que leva o nome da folclorista em Santiago do Chile em setembro de 2016. Já fez turnês pelo Chile, Norte e Oeste da Argentina divulgando a música brasileira de raiz. Agora com o apoio do Governo de Minas e da Cemig sai na frente das homenagens a Violeta Parra em solo brasileiro.
Mirian Miráh
A cantora e compositora paulista Miriam Miráh começou seu aprendizado musical com piano e violão, e influenciou-se com toda a renovadora agitação musical que embalou o Brasil e o mundo na década de 60.
Nos anos 70 estuda técnica vocal com Caio Ferraz, e participa de festivais estudantis, inclusive o do efervescente Colégio Equipe, que tinha então Serginho Groisman compondo a Coordenadoria Cultural, ali conhece Jica Benedito e Emilio de Angeles e junto com Alice Lumi criam o GRUPO TARANCÓN. O Grupo faz suas primeiras apresentações junto à Colônia Espanhola, posteriormente pelas Universidades, Comunidades de Base da Igreja Católica e logo por todo o país.
O show no TUCA, Teatro da Universidade Católica – SP, em 15 de agosto de 1975 e o primeiro disco, GRACIAS A LA VIDA em 1976 foram fundamentais na profissionalização do Grupo e de sua solista, somando-se ainda 5 discos e mais de 1500 apresentações por todo o país. Destaca-se também a participação da cantora em shows das lendárias Mercedes Sosa, com quem dividiu o palco e Isabel Parra, além de tornar-se a “musa” do som hispanolatino no Brasil.
Doroty Marques
Cantora, compositora e arte educadora nascida em Araguari, Minas Gerais, mudou-se para o Rio de Janeiro, antes de retornar a Minas Gerais. Entre os anos de 1962 e 1964, morou no Uruguai. Irmã dos músicos Dércio Marques e Darlan Marques. Além de seu trabalho como cantora e compositora, é arte-educadora, tendo trabalhado com cerca de 150.000 crianças de todo o Brasil, valorizando a arte e a cultura popular do país. Atuou em vários estados brasileiros desenvolvendo projetos de arte-educação com crianças. No estado de São Paulo ajudou a criar a Secretaria do Bem-estar do Menor e, através dela, reduziu a zero a violência contra menores infratores da FEBEM. Em 1992, foi convidada especial da Eco-92, realizada no Rio de Janeiro. Ganhou Prêmio da ONU por seu trabalho com crianças. Ainda em São Paulo criou uma escola de arte e cultura em São José dos Campos/SP, adquirindo 12 alqueires de terra para trabalhos com crianças carentes da periferia da cidade.
Trabalhou 25 anos dentro das maiores favelas do Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Também trabalhou na região amazônica e na região centro-oeste, como na Chapada dos Veadeiros, cujo resultado, entre outros, gerou um disco, onde o cerrado está presente, através de uma linguagem e ritmos baseados no folclore local. Entre os vários produtos de seus trabalhos, escreveu duas cartilhas e gravou 8 discos, além de formar diversos professores multiplicadores de seu trabalho e de seu método.
Ficha Técnica
Nádia Campos: Coordenação Geral, Voz, Violão e Percussão
Miriam Miráh: Voz, Violão, Charango, Cuatro e Percussão
Doroty Marques: Direção Musical e Artística, Voz, Viola e Percussão
Guilherme Melo: Violão
Ademar Farinha: Quena, Violão, Viola e Charango
Nilce Gomes – Picuá Produções: Produção
Marcos Vinicios Jardim: Sonorização
Eric Tomich, Daniela Lasálvia, Guilherme Melo e Nádia Campos: Arte Visual
Simone Gallo e Sosti Reis: Assessoria de Imprensa
Realização NADIACAMPOSPRODUÇÕES
Apoio: Ruta de Violeta Parra – Santiago de Chile
Patrocínio: CEMIG e Governo de Minas
Para os visitantes que desejam estacionar os veículos na ruas próximas ao Cine Theatro Brasil Vallourec, a BHTrans liberou as seguintes vias, após as 19h:
– Canteiro Central da Avenida Amazonas, no quarteirão do Cine Brasil (nos dois sentidos).
– Canteiro Central da avenida Afonso Pena, em frente ao Cine Brasil (sentido Rodoviária/Mangabeiras)
-É expressamente proibido o consumo de alimentos no interior do teatro
-Perde-se o direito ao lugar marcado após o início da sessão.
*Chegue mais cedo, os assentos dos Teatro de Câmara não são numerados.