Poesia

No baile

Publicado por Antonio Ângelo
11 de dezembro de 2015

A música era Yesterday. Ao fundo do salão, tomando uísque, observava-os a dançar. … Sabia do perfume, da cintura, da cabeleira em volutas, da intensidade do olhar na obscuridade. ……

Requiem para um rio

Publicado por Antonio Ângelo
2 de dezembro de 2015

Nascendo das entranhas férreas de Minas, segue rumo aos abismos do Atlântico o rio que doce era e que hoje resta gravemente ferido. Quando bandeirantes nos seiscentos ali chegaram –…

Visita noturna

Publicado por Antonio Ângelo
24 de novembro de 2015

Durante o dia passeia indolentemente pelos salões. Olheiras explícitas, emagrecido, pálido, colarinho alto, incapaz de qualquer ação. Os que o veem querem logo saber o que está acontecendo. Receitam-lhe, uns,…

Tortura nunca mais?

Publicado por Antonio Ângelo
12 de novembro de 2015

Veem aquele traste andando em meio ao lixo? Conheci-o há alguns anos. Era um jovem saudável de olhos inquietos que um futuro almejava. Foi por falta de sorte detido levado…

Condescendência

Publicado por Antonio Ângelo
27 de outubro de 2015

A minha poesia te permite à noite sair cheia de glamour pela cidade atraindo enviesados olhares. Te permite – a minha poesia – pintar os olhos levemente estrábicos que incomodam…

Desejo interdito

Publicado por Antonio Ângelo
5 de outubro de 2015

Perambulando pela noite o mendigo achou um livro de poesias em meio ao lixo. Procurou marquise sob a qual repousar; sem sono, pôs-se a lê-lo. Descobriu ali um mundo estranho…