arriou âncora,
dispensou-me
e contratou outro marinheiro.
disse-me.
Voltou a partir;
acompanhei o barco
até que sumiu no horizonte.
vivendo de ajudas fortuitas,
pequenos trabalhos
e pescarias.
Semana após semana,
como estaca no cais,
esperando seu retorno.
o barco de novo acostará
e então me chamará de volta,
ordenando que suba a bordo
para seguir viagem.
juntando-me à tripulação certo de que
em algum outro porto à frente
novamente me fará descer.
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E la nave va! Melancolia e esperança! É a vida!
A proposito de Viagens Fragmentadas lembrei-me de um texto de MANOEL DE BARROS presenteado pelo poeta Antônio Angelo em setembro de /98.A.B.de R.
Artur Bispo do Rosário se proclamava Jesus. Sua obra era ardente de restos: estandartes podres,lenções encardidos, botões cariados, objetos mumificados , fardões da Academia, Miss Brasil, suspensórios de doutores–coisas apropriadas ao abandono. Descobri entre seus objetos um buquê de pedras com flor .Esse Artur Bispo do Rosário acreditava em nada e em Deus. PARABENS MEU AMIGO.
Assim é vida, caro aa. O que nos resta?