Viagem sem rumo

Publicado por Antonio Ângelo 4 de fevereiro de 2020

Viagem sem rumo

Perseguindo miragens
Afasto-me da linha da costa
Atrás do que me acena no horizonte

Como um beduíno num deserto de águas
Deixo correr meu barco ao sabor de ventos
Rumo a destino indefinido

Sereia recostada num rochedo
Que ascende em alto mar
Luzes de um navio no horizonte…

Como um Amyr Klink sem mapas
Lá vou eu, sem a mínima noção
De como retornarei ao ponto de partida

E menos ainda de aonde vou aportar
Ao cursar estas imensidões ondulantes
Encantado por imagens que súbito desaparecem

Comentários
  • wesley 1762 dias atrás

    O poeta vai imergir entre sereias, e talvez não retorne para um chope com os velhos amigos, ao cair da tarde. Razões não lhe faltarão, e os amigos vão ladrar de inveja.

  • aminthas 1781 dias atrás

    lindo , lindo , lindo . Me fez lembrar ” O TEMPORAL ‘ abração

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