O sonho

Publicado por Antonio Ângelo 20 de maio de 2015

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Eis que veio a noite
e nenhum abrigo o esperava.

Sob a copa de uma árvore arriou a mochila,
recostou-se, dormiu

e sonhou um país distante
onde todos se alimentavam;

onde muitas crianças
não precisavam morrer para serem felizes.

Lá, ao andar pelas ruas,
não o olhavam com receios as pessoas;

havia a mulher amiga de seu desejo
e de sua ternura de homem simples.

Quando raiou a manhã seguiu caminho
deixando atrás o cadáver de seu sonho.

Comentários
  • Wesley 3503 dias atrás

    O poeta não se abstém, aponta a ferida e sutura com as palavras, lenta e inexoravelmente. A chaga se mantém, metástase. Sonhar convém?

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