um pobre homenzinho sem compostura
de paletó surrado, calças sujas e botinas.
Na ladeira calçada, entre antigas casas,
o brilho fosco dos paralelepípedos molhados
pela chuva miúda, garoa fria, fina…
O homenzinho cai, dá de testa
na parede e solta risadas
dizendo que o mundo encolheu.
Às vezes para, mira o fim da rua,
resmunga algumas palavras
na língua estropiada dos bêbados.
Das janelas as pessoas observam,
riem cheias de compaixão,
estabelecidas em seu mundo de fenômenos lógicos.
Comentários