O anjo andou pela cidade
e quase foi atropelado.
Tomou cerveja, atento aos transeuntes,
e flertou com as mulheres.
Vestia jeans, camisa branca,
os cabelos louros caídos na testa.
Andava lento, observando os objetos,
Analisando todos incidentes.
À noite foi visto em bares, bordéis;
embriagou-se, quis brigar,
cantou músicas sentimentais,
numa roda contou vantagens
de um tempo em que era o tal.
Quando veio o sono, despediu-se
e ninguém o viu diluir-se
em meio à neblina
que se espalhava na madrugada.
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Uma aventura noturna
soturna
de um poeta que se embrenha
na sombra da noite.
MAS