ante um grupo álacre de estudantes em algazarra
que não sabiam o que fazer do tempo
mas por certo discerniram na paisagem
a forma despojada que transparecia
ante a intransferência absoluta da tarde
que se traia no solitário brilho de Vésper
e nos céu inclinado atrás dos prédios
retinto em amarelo-laranja de um celofane.
Havia nela algo que semeava poesia
e em pelo menos um dos garotos
caiu a semente que pelo resto da vida
iria germinar, vicejar –
delicadas flores e essências que no adusto cerrado
arrostariam o orvalho da noite
em floradas renovadas
mesmo nas mais gélidas alvoradas.