Como a corda de um violino
Que ao máximo se estende e se rompe
Pela última vez pronunciei o seu nome
Pela última vez pronunciei o seu nome
Como o barco que abandona o cais
E não sabemos por que desígnios
Não chegará ao destino jamais
Não chegará ao destino jamais
Como a primeira estrela da tarde
Que brilha no vácuo do espaço
O último brilho em seu olhar
O último brilho em seu olhar
Como tudo que foi dito
E em surdina ardilosamente urdido
Na exata noção do quanto menti
Na exata noção do quanto menti
Discípulo de estranhas seitas
Invento o que não vi
Torno letra morta promessas feitas
Torno letra morta promessas feitas
Rendido ao fim de inúteis refregas
Negocio o quase nada que me resta
Espantalho a se esbater na treva
Espantalho a se esbater na treva
No que procuro algo subtrair
Menos posso, mais pressinto
Ao tempo em que me tentei imiscuir
Ao tempo em que me tentei imiscuir
No frontispício de igreja pagã
Alardeio seus pecados absurdo
Confrontando um deus surdo
Confrontando um deus surdo
Da vingança no afã
Indicio-me e decomposto
De mim liberto o oposto
De mim mesmo liberto o oposto
Que sairá à rua sem qualquer decência
Alardeando a própria insciência
Inconsequente perante a vida
Ante a vida sem consequência
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Magistral!