Esqueça que fugi.
Em verdade,
mais de mim do que de ti.
Estou de volta:
eis o que veio
cheio de esperanças e revoltas.
Percebes entretanto:
plasmam-se em minhas veias
medo e espanto.
Sei-me no revés;
fere-me a certeza
de sua empedernida viuvez.
Tudo em meu porvir
é fugir,
tudo em sua vida é fulgir.
Que imagem esta
seguindo à margem,
indo ao barco que a espera?
Pouco lhe importa o mar
que há de singrar,
chagas tem a sangrar.
Como esfinge –
sem alardes –
só desprezo lhe infliges.
Avante, levantar âncora!
Covarde, imagino viagens
sem jamais ir embora.