o Brasil não se assiste;
na Praça dos Três Poderes
a Pátria será que existe?
cega, circo de vaidades,
criação esdrúxula, estreita,
de oligarquias arcaicas.
o que faz a Justiça,
um executivo sem freios,
uma Assembleia cediça?
impostos a mãos cheias,
sementes lançadas ao vento
no plantio sem colheitas.
nos afrontavam as baionetas,
que, execrando a liberdade,
as mãos traziam-nos presas.
nenhum jardim floresce;
na Praça dos Três Poderes
Niemeyer não se reconhece.
códigos penais em riste,
de costas para a senzala
que em sua faina resiste.
em loterias fraudadas,
criam jogos obscuros
usando cartas marcadas.
abarcando um país inteiro,
depreende-se: a esperança,
desertou da Três Poderes.
Comentários
Há meu querido amigo , a praça já não é do povo há muito tempo, a nos como você bem disse só dividendos. Você já é meu poeta preferido há longo tempo, e seus poemas são disseminados para minhas gatas com miaus retumbantes…..
Até a megasena? Tem certeza? Coitado de mim!