Imagens que se afogam nos meus olhos:
São barcos de papel que nos escolhos
Encontram indefesos a ruína…
Os césares não tiram seus antolhos:
Resta ao povo beber dos Santos Óleos
E dar seu sangue à fome da oficina…
Pois não lhe resta mais pureza alguma
Para a sede de peixes e animais.
Mas o sistema segue sobre os trilhos
E nos tornamos todos minerais…
Comentários
É isto, Santini, “nos tornamos todos minerais”.
Em meio ao lamaçal, deixados à deriva.
Enquanto nos faltam pão, circo e governança minimamente eficiente.