A gaiola do amor

Publicado por Antonio Carlos Santini 13 de março de 2019

A gaiola do amor

Se não te experimento, não conheço
A vertigem do Amor que se derrama
E, como incêndio, todo o ser inflama,
Deixando o Cosmo exposto em seu avesso.

Por isso é que o Amor jamais tem preço:
Recusa o ouro, não se entrega à Fama,
Nega o Poder e foge à sua trama,
Recusa os ídolos de prata ou gesso…

Se eu amo, sou escravo do Absoluto:
Da minha liberdade faço a oferta
E o coração no Altar palpita aceso…

O Amor vem transformar em festa o luto
E, se a gaiola fica sempre aberta,
Sou muito mais feliz amado e preso…

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