Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Mas meu coração não acredita em deus.
Mas meu coração acredita em deus.
Deus existe há tanto tempo, louvado seja!
O diabo é que também não acredito no diabo,
mas no inferno acredito: é logo ali.
Entre deus e o diabo, melhor é me escafeder.
Nossa estrada é curta, longo é o beco, voltemos
ao fim do dia para a nossa aldeia, cantando.
Cantemos alto e juntos
anjos caídos
o angelus.
Pela última vez entoar
o lúdico canto
em oferenda.
Um poema
peixe mil multiplicado.
Abraçarei amigos e arcanjos.
Sairemos em longa procissão.
Para enfim celebrar e dizer:
finda a idade medieva
eis outro renascimento.
Uma era digital se anuncia
um tempo em rede
conectados como nunca.
Mais próximos impossível
e também mais solitários
multitudinários de ninguém.
Peço agora a quem me lê
que propague esse poema
como quem semeia um vírus
nos ecrãs do mundo inteiro
em evangelhos emails.
Somos bárbaros:
triunfamos.
Os que governam:
desistam.
Prevalece a persistência.
Dominar não é vencer.
Pequenos, nós, indomáveis.
Se deus existe eu lhe peço
quero o meu país de volta
de presente de natal.
Comentários
Valeu,Wesley.
Sentia falta de seus poemas, mas este veio em cheio, preenchendo vazios!