Peguei o lápis, a caneta
Tomei o tinteiro, a pena afiada
Tentei o astrolábio, a luneta
Corri à vidência, à matemática aplicada
Mas foi o carvão
Que me socorreu, que me demarcou
E então o formão, a talhadeira
Arrancaram deste ébrio granito
Estes versos cinzentos
Este matraquear aflito
Que me tirou do poço escuro
E revelou ao meu espelho
Tudo de eu que há em mim.