Escrevi relatório
Retornei, e revisitei devaneios
Burilei, lapidei um pouco
Não sei se disse o que queria….
Aliás nem sei se queria algo
ou o que seria????
Em que lua estamos?
A chuva lavou
Não aprendi amar sem amor,
Viver sem emoção.
E agora sinto no meu caminho
uma indagação?
O que me liberta
Pode parecer uma prisão?
O que me aprisiona
Parece liberdade,
pura ilusão?
Quero asas para voar
Mas fico aqui a ciscar e juntar caquinhos
Tentando remodelar as imagens de uma história
Fantasias que criei, fragmentos
as vezes desconexos, outras pura sincronia…
Destinos existem? E escolhas?
O que nos move e empurra?
Para o fundo, para o alto ou para o nada, o vazio
Buraco negro da alma
Silêncio total e frio!
Desperta da dor, que virou silêncio
Só me recordo e não vou explicar:
Deixei o amor me guiar e desta luz, alegria e dor
Nada se pode falar…
Viver pode ser assim mesmo:
Mergulhar.
Estar por aqui e existir neste mistério
Fluir como as ondas para o imenso e infinito vazio.
Entregar.