A Terceira Atenção: o Fogo Interior

Publicado por Editor 24 de maio de 2022

Última parte da consciência e a maior, a terceira atenção é uma consciência incomensurável que envolve aspectos indefiníveis do conhecimento dos corpos físico e luminoso.

A terceira atenção é atingida quando o brilho da consciência se transforma no fogo interior: o brilho que acende não uma faixa de cada vez, mas todas as emanações da Águia no interior do casulo do homem.

Para os novos videntes, entrar na terceira atenção é um presente da Águia, mas com um significado diferente. É mais como uma recompensa por uma realização.

No momento de morrer, todos os seres humanos entram no incognoscível, e alguns deles atingem a terceira atenção, embora por um tempo muito breve e apenas para purificar o alimento da Águia.

A realização suprema dos seres humanos é atingir aquele nível de atenção enquanto retém a força da vida, antes de se tornarem uma consciência desencarnada movendo-se como uma cintilação de luz na direção do bico da Águia para ser devorada.

A Consciência Intensificada

O brilho da consciência provocado por um impacto pode ser chamado de atenção temporariamente intensificada, porque ele enfatiza emanações que estão tão próximas das habituais que a mudança é mínima. Ainda assim, produz um aumento da capacidade de compreender e concentrar-se e, acima de tudo, um aumento da capacidade de esquecer.

Os videntes sabem exatamente como usar essa mudança na escala de qualidade. Eles viam que apenas as emanações que cercam as que usamos no cotidiano subitamente ficam brilhantes com um impacto. As mais distantes permanecem intocadas, o que significa que, enquanto se encontram num estado de atenção intensificada, os seres humanos podem trabalhar como se estivessem no mundo da vida cotidiana.

As emanações que provocam o aumento da clareza deixam de ser enfatizadas depois que os guerreiros não estão mais com a consciência intensificada. Sem essa ênfase, aquilo que experimentem ou testemunhem desaparece.

Um estado de consciência intensificada é visto não apenas como um brilho que aparece numa região mais profunda da forma ovóide dos seres humanos, mas também como um brilho mais intenso na superfície do casulo. Embora não seja nada em comparação com o brilho produzido em estados de consciência total, visto como uma explosão de incandescência no ovo luminoso inteiro. É uma explosão de luz de tal magnitude que os limites da concha ficam difusos e as emanações do interior estendem-se além de qualquer coisa imaginável.

Acontecem apenas com videntes. Nenhum outro homem ou nenhuma outra criatura vivente se ilumina dessa maneira. Videntes que atingem deliberadamente a consciência total são uma visão para se guardar. Esse é o momento em que queimam de dentro para fora. O fogo interior os consome. Em consciência total, fundem-se com as emanações livres, e deslizam para a eternidade.

Os Seres Luminosos e o Segundo Círculo de Poder

Enquanto você pensar que é um corpo sólido, não pode conceber o que estou falando. Somos os percebedores. Somos uma consciência; não somos objetos; não temos solidez. Somos ilimitáveis. O mundo dos objetos e solidez é um modo de tornar cômoda nossa passagem pela Terra. É apenas uma descrição que foi criada para nos ajudar. Nós, ou antes, nossa razão, nos esquecemos de que a descrição é apenas uma descrição e assim encerramos a totalidade de nós num círculo vicioso do qual raramente emergimos em nossa vida.

Somos percebedores. O mundo que percebemos, porém, é uma ilusão. Foi criado por uma descrição que nos foi contada desde o momento em que nascemos. Nós, os seres luminosos, nascemos com dois círculos de poder, mas só usamos um para criar o mundo. Esse círculo, que é preso logo depois que nascemos, é a razão, e seu companheiro é falar. Entre eles, inventam e mantêm o mundo. Assim, em essência, o mundo que sua razão quer sustentar é o mundo criado por uma descrição e suas regras dogmáticas e invioláveis, que a razão aprende a aceitar e defender. O segredo dos seres luminosos é que têm um outro círculo de poder que nunca é usado, a vontade.

O truque do feiticeiro é o mesmo truque do homem normal. Ambos têm uma descrição; um, o homem normal, a sustenta com sua razão; o outro, o feiticeiro, a sustenta com sua vontade. Ambas as descrições têm suas regras e essas regras são percebíveis, mas a vantagem do feiticeiro é que a vontade é mais absorvente do que a razão.

A sugestão que quero fazer aqui é que de hoje em diante você se deixe perceber se a descrição é mantida pela sua razão ou a sua vontade. Acho que é esse o único meio de você usar seu mundo de todo dia como desafio e veículo para acumular suficiente poder pessoal a fim de chegar à totalidade de seu ser.

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