Cerejeiras em Flor

Publicado por Vânia Rodriguez 14 de janeiro de 2011

O cinema é sem dúvida uma excelente oportunidade de formação. É completo! Quando a gente pensa que já vislumbrou todas as tendências, vem outra perspectiva que nos leva a desconstruir e reconstruir concepções analíticas. Uma experiência fascinante! Como no caso do filme que indico hoje: “Cerejeiras em flor”.

É a história de um casal da terceira idade que se vê caminhando para o fim do ciclo da vida, quando numa viagem a Berlim, as relações sofrem um grande choque de descobertas e frustrações familiares e individuais.
Com a brilhante direção de Doris Dórrie, o drama discute temas polêmicos como homossexualismo, preconceito e o abandono da pessoa idosa.  Surpreendentemente, ao longo da peça, é desmistificado um tema que parece plenamente deprimente, tornando-se simples e leve.

A paixão entre os protagonistas Rudi (Elmar Wepper) e Trudi Angermeier (Hanellore Elsner) é emocionante. Eles se amam intensamente e a cumplicidade entre ambos é a base afetiva de toda a relação dos membros da família.

Fantástica também é a forma em que este filme alemão mostra os contrastes da cultura japonesa. As cidades de Berlim, com seus insólitos pontos turísticos, e a agitação de Tóquio, possibilitam fotografias esplêndidas ao som de uma trilha inspiradora.

Sutileza e leveza são singelamente combinadas com as cores e movimentos das flores das cerejeiras, que estão perpetuadas em cenas que são intensamente projetadas no imaginário do espectador.
Memoráveis são os movimentos do velho corpo de Trudi, que descobre uma forma de expressão e atenuação da dor através da dança junto a uma adolescente que marca de forma surpreendente o fim de sua vida.

Por fim, a intolerância dos filhos, traduzida na “teoria da filharquia”, nos remete a repensar as relações de amor incondicional na família.

É muito lindo!!!

Veja um pouco:

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