era o país ainda uma doce ilusão
para depois a esperança virar fumaça
e se estávamos na fotografia do futuro
não estamos mais
a voz da liberdade era respiração
vivíamos os novos tempos a chegar
mas depois fomos caindo um a um
em guerra e paz
eram dias de sombra e o coração
pegava em armas e morria de medo
uma luz se acendia em cada um de nós
aquela luz se apagou
viver a pátria era ter que dizer não
aos corvos que agora correm a ladrar
outros saques em nossas veias abertas
a infâmia voltou