Os Apelidos de Pompéu – parte III

Publicado por Sebastião Verly 13 de fevereiro de 2025
Foto antiga Pompéu
Foto antiga Pompéu
Foto antiga Pompéu

Continuação da parte II: https://www.metro.org.br/sebastiao/os-apelidos-de-pompeu-parte-ii/

Me lembro do Escorpião, de quem poucas pessoas sabiam o nome, um moreno baixinho, careca, da nuca enrugada,de grande popularidade na cidade. Além de ajudar nas lidas da Chácara do Seo Arlindo dentista, trazia o filho do casal Arlindo e dona Maricota, o Zezinho para o grupo escolar, na garupa de um cavalo de boa marcha. Registro então os apelidos do Zezinho da Maricota que também virou dentista e da própria Maricota do Mestre, figura simpaticíssima..

Uma lembrança puxa muitas outras.

Lembrei-me do Telau, da sua cunhada Tereza da Bolsa, que andava sempre com sua enorme bolsa, do seu filho Tunico do Telau, da belíssima neta Veroniquinha que se casou comn o Nidinho, ou Leonídio Filho, lembrei do comerciante Geraldo Louzada pai do Nino e da Preta, do também comerciante Geraldo Assunção que teve com a Tina, o Acacinho e a Nina, o também comerciante, Gil Dias Maciel, o Gilico casado com dona Tina, ou Joventina Maria de Jesus, eram pais do Preto que se chamava Wilbur, do Jarbas, do Gordo sapateiro, do Chiquinho, Lauro, só para lembrar alguns; também  da família do Frederico Baio, cujos netos trazem os apelidos de Sabaia, derivarito de Frederico Baio e Raul Surubim que morreu de tanto beber, os apelidos eram devidos aos cabelos ruivos e pele pintadinha, e tinha também o magérrimo Meio Quilo.

Pessoas comuns na cidade eram o Dinho e o Quinhentos. E por hoje, lembro ainda do Geraldo Rolete, filho do Zé do Aristote e neto do Zé Maria do Davi.

E por fim registro a Angelina do Zim que ficou conhecida pelas lindas filhas que conquistaram o Chiquinho Tintureiro.

E é preciso lembrar a família Taveira que veio de Abaeté cujo sobrenome de origem é Pereira Guimarães mas passaram a ser conhecidos como Taveira, por causa da dona Maria Taveira, professora muito respeitada, e seu irmão Sebastião Pereira Guimarães Filho tornou-se simplesmente o Lico da Maria da Lu (risos) ou Lico da Taveira.

De Betim, veio o Zé Betim que era bastante conhecido só por este apelido.

Também vindo de fora o Bambiá que andava em uma bicicleta toda adornada,  ele se casou com a Geralda do Vital.

Vindo de fora da cidade de Pompéu temos o tabelião João Baiano, que casou-se com a Dalva do Felzinho, ganhou um cartório. João Baiano teve 3 filhos com a Dalva:  o Rondon, o Adonias e a Lindalva. Havia ainda a Maria do Felzinho, que entrou para o folclore local por suas perguntas ingênuas.

Na descendência dos Cordeiro Valadares, tinha o Gilberto, que ganhou o alcunha malicioso de Jirimia Côco e seus filhos, o Fiu, o Curraleiro, o , entre outros. A origem do apelido, diziam que ele tinha avalizado um compadre que não honrou o débito, e quando o credor veio com a promissória ele não reconheceu a própria assinatura dizendo que o que estava escrito era Jirimia Côco.

Os filhos do Ozéas, o Inhô e o Juca, o Edson Cordeiro só era conhecido por Soca, tinha entre outros o Edson Filho, conhecido por Brigadeiro, a Mariinha, a Bida, o João do Soca, o Chico do Soca e o Tonho. Na descendência do Álvaro do Fundo registro o Dico, o Zizi, o Quileuzinho. Registro aqui o Tõe da Zilda, pai do Mirote.

Outro personagem marcante na cidade foi o Joaquim da Mestra, um respeitado profissional da Prefeitura de Pompéu, que se sabe, apenas que era filho da Mestra DonAna, hoje nome de rua. O Joaquim fora casado com a Elvira mãe do Zezé da Elvira que se tornou conhecido como Pereira. Este mudou-se de Pompéu e foi eleito prefeito da cidade de Buritizeiro. Em Pompéu criou-se a expressão “Quem é o Pereira!” para quando alguém realizava algo fora dos padrões vigentes.

Incluo aqui a Maria Dona que teve 2 filhos e 2 filhas. Um filho, o Chico da Maria Dona casou-se com uma filha do Zé Serra e ficou conhecido como Chico Serra, uma das filhas casou-se com o Nozinho, comerciante ali na reta, ou seja, rua Padre João Porto.

O Antônio Afonso da Silva, dono do bar que servia uma saborosa e abundante refeição era conhecido como Tuniquinho do Bar, ao lado havia o bar do Davi do Buteco, pai da linda Didi.

O Cândido Ribeiro de Campos, dono de Posto de gasolina e casa de peças era apenas o Candinho, sua filha, Maria Antônia era bem conhecida como Lilita, e os filhos Zé do Candinho e Tataco, que, ao formar-se em direito, tornou-se doutor Eustáquio.

Quem não se lembra do Zé Fordinho, que veio de Pitangui como José Carvalho de Vasconcelos como gerente do Banco de Minas e chegou a ser eleito Prefeito de Pompéu. O Antônio Vilaça, Tõezinho do Romeu, nascido em Papagaios, casou-se com Solange, uma das belas filhas do Chico da Quinha. O Badu, de nome Jader Alves, ficou famoso em Pompéu como oficial de Justiça e sempre de bom humor, como se dizia na época um grande “capador”. Zé Patão, de nome José Campos, neto da dona Joana Ambrósio, trabalhou para o Luizinho do Café Gostoso, mas depois teve seu bar no centro da cidade.

Da família Porto, cujo maior expoente foi o Padre João Porto, que deu nome à rua que atravessa a cidade, lembramos da Dona Ção do João da Cruz, conhecido por Bodão, e  seus filhos, o Polego, que ganhou o apelido por ser exímio batedor de pênalti usando o dedo polegar, o Nazareno, a Zezinha, a Lu, o Budinho, este pai do Gilbertinho que faleceu em 2024.

E já neste ano de 2025, perdemos do grande músico da família, o Zezé da Tão! Aliás a família tinha grandes músicos que tocavam acordeon e violão como o Nazareno e o próprio Polego.

A dona Tão, que tinha um enorme papo ou bócio, era vizinha do Chiquinho Tintureiro. Também vale mencionar na família o comerciante ainda ativo Dendéia.

Por falar em tintureiro, veio de Pompéu e fez sucesso como sargento, aqui em  BH, o Jair do Tintureiro.

Continua na parte IV

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