Alguém, por horas a fio,
Enfrenta a noite interrompida
Então cerra os olhos
Para escutar o timbre
Que pulsa em seu coração.
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Olhos fechados sabem melhor
Dos rios desgovernados
Que correm como ampulhetas
E da luz suave
Que em breve desfalecerá.
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Olhos se vedam como portas.
Mas eis que pelas frestas
Entram poeira e sombras
E ao ocaso se acumulam
Em cada cômodo da alma.