Ressoando nas trevas desta noite.
Sem nenhum anteparo que me acoite,
Não posso dar sequer um passo em falso.
Depois da insônia em hórrido pernoite…
Antes, a roda, o pau-de-arara, o açoite,
O frio, a fome, a angústia, o pranto salso…
Em vão tento apressar alguma fuga
Na busca do arquipélago da Paz…
E, na ampulheta, escorre a minha areia,
Que não volta jamais, nem se refaz…