Medicina Popular e Curandeirismo – parte II

Publicado por Sebastião Verly 27 de fevereiro de 2018

medicina popular II

Praticamente todo brasileiro já se tratou com algum medicamento caseiro, já tomou o chá de alguma erva ou folhas e frutos, já visitou um curandeiro, benzedeira ou rezadeira. Tenho um amigo, o Zé Augusto, cuja mãe é benzedeira e diz que não tem poder para ensinar ninguém os seus poderes. Outra que ensaia e procura aprender a benzeção é a psicóloga Clarissa, que ficou muito conhecida em Pompéu quando atendeu pela prefeitura no mandato do Zé do Eli.

Segundo a nossa ex-colega Maria Bergo, médica homeopata, que viveu 99 anos e 6 meses, plantas ou produtos naturais são aqueles alimentos que foram cultivados em um processo de agricultura natural, ou seja, isentos de agrotóxicos. Estes produtos naturais, geralmente cultivados em quintais, podem ainda ser comprados em uma loja de produtos naturais, em uma farmácia de produtos naturais ou também numa loja online, sempre de idoneidade reconhecida.

A relação de plantas medicinais é muito grande. Muitas são bem conhecidas e usadas como remédios caseiros. Os elementos medicamentosos podem ser encontrados em qualquer parte da planta e têm efeitos curativos: raiz, caule, casca, ramos, folhas, flores, frutos ou sementes.

Aprendemos muitos meios de cura usando produtos químicos, animais, raízes e folhas, chás e benzeções com alguma benzedeira ou com um velho de alguma cidade do interior. Essas práticas são, ainda hoje usadas com confiança e resultados positivos em nosso país: alho com mel fortalece o sistema imunológico e mantém o corpo saudável, chá de marcela, de losna e até leite batido com mastruz também conhecida como erva de Santa Maria é “tiro e queda” para dor de barriga, usa-se o bicarbonato de sódio, bochechar com cachaça para dor de dente, pólvora fina colocada no dente, resfria e alivia a dor de dente, rodelas de batata bem fininhas colocadas na testa aliviam a dor de cabeça.

Para curar a azia, a planta chama espinheira santa, como calmante o chá de alecrim é receitado, para mal-estar do fígado a carqueja é uma boa indicação e quando causado pela ressaca de bebidas o boldo é um santo remédio; o chá de erva-doce, de camomila e até a sopa de inhame ou cará são bons depurativos. Para os rins recomenda-se usar chá de quebra-pedra ou de tanchagem, também conhecida como ruderal. Para gripe e resfriado, funcho, levante, poejo e até o chá de folhas ou flores de laranjeira com mel de abelha jataí. Os sinapismos ou emplastos de casca de limão ou alho batido são eficazes em quase todas as dores. A babosa largamente utilizada pela indústria de cosméticos e farmacologia, era muito usada para coceiras na cabeça e em forma de comprimidos feitos com polvilho, para combater vermes.

O chá medicinal é uma das maneiras mais utilizadas das Plantas Medicinais. O Chá consiste na infusão em água quente da folha, fruto, casca, raiz, flor, graveto, ou qualquer outra parte da planta com o intuito de retirar seu extrato com o qual se mistura a água resultando no chá.

Os chamados remédios finos, como gendiroba, também chamada nandiroba, torrada e moída, tomada em dieta, é boa para dores de cólica e de estômago, Guiné, raiz na pinga, boa para dor e reumatismo, Chá de alho contra dor de dente, com limão cura a gripe e a tosse. Esses chás provocam transpiração excessiva, por isso o doente não pode se molhar na água fria de chuva ou banho.

O remédio fresco ou frio, chá fresco, açafrão, quina, quebra-pedra, salsa, jalapa, picão, poejo, peroba rosa, ipê roxo, tiuzinho, limão, folha de abacate, raiz da água-da-colônia, raiz e flor do cipó-de-São-João, pimenta malagueta, tomate, limão e caju, refresca o corpo por dentro, curam dores na vista e mal-estar dos rins, fígado e intestino.

O remédio quente, capim santo, pimenta-do-reino, raiz de fedegoso, cravo, amendoim, alfavaca, unha d’anta, sabugueiro, quebra-pedra, gengibre, agrião, hortelã, limão assado, laranja, toranja, levante, agregando Anador da farmácia e outros põem a doença e o calor para fora do corpo, são usados em doenças como sarampo, febre, catapora, coqueluche, bexiga, gripe, asma e outros. Remédios quentes: Alguns destes são remédios finos. O remédio quente incomoda o fígado, os rins e o intestino.

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