Caminhante

Publicado por Antonio Ângelo 30 de maio de 2017
caminhante

caminhante

Meio da noite fria
Na praça da Liberdade
Que faço eu?

Caminho

Caminho, caminho
Sempre ao acaso
Vendo flores e pessoas

Caminho

Não sei bem o que procuro
Nem atino
Com onde quero chegar

Caminho

Ali na obscuridade o banco
Acolá a fonte
Os prédios antigos circundantes

Caminho

Até que, entre os canteiros
Descubro o cheiro
De uma dama

Paro

Branca, quase invisível
Vislumbro ao meio do canteiro
Solitária, a dama

A dama da noite

Comentários
  • wesley 2729 dias atrás

    Aplausos ao reinventor das coisas de beagá. Aqui, em todo o seu contido esplendor, a praça que nos acolhe e nos fala dos tempos em que não tínhamos medo de sonhar. Revisitá-la sempre faz bem, ainda mais num poema.

  • Cibele 2732 dias atrás

    Consegui sentir o cheiro, que palavras suaves, que sensibilidade do poeta!

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