Por onde passo
terra arrasada
e sobre ela
indiferentes
vão os sonâmbulos
ao cadafalso
com eles ando
anos e anos
sempre ao relento
malta insalubre
sem para onde
nem para quê
pois nenhum vale
coisa nenhuma
gente a mancheias
cumprindo a sina
de tão somente
se desmembrar
mudam os nomes
os corpos mudam
mas essa fila
é sempre a mesma
almas penadas
ao entardecer
seguindo o cetro
vão noite adentro
em carne e ossos
branda manada
que vive e morre
para servir
caem aos magotes
e se amontoam
pelo caminho
que não havia
giram esse mundo
sem discernir.
Comentários
E a manada segue em frente, hein Wesley! Para o matadouro? Para o sacrificío sem glória, inútil?
Quem ficará para contar o fim?