Março: Mostra em BH e Casa Branca
Belo Horizonte – 17/03 – 5a feira – Memorial Minas Gerais
Praça da Liberdade, s/n – 19:30h
Casa Branca – 19/03 – Sábado – Pousada Verde Folhas
Alameda Jacarandá, 170 – Recanto da Aldeia – 20h
R$ 20 e 10
Sujeito a lotação
Mais informações na página do circuito.
Imagine uma grande cantoria que reúna músicos de diferentes regiões do Brasil e que, de forma coletiva e colaborativa promova encontros, trocas e reflexões acerca da música. Esta é a proposta do “Dandô” – Circuito de Música Dércio Marques, realizado em diversos estados e reconhecido em 2014 com o Prêmio Brasil Criativo, do Ministério da Cultura.
Em Belo Horizonte e Região Metropolitana o circuito conta com o apoio do Coletivo Mundicá, que reúne empreendedores criativos, alinhados com a proposta de trabalho cooperativo e colaborativo que o circuito propõe. Em março o circuito propõe a realização de mostra, contando com a apresentação dos anfitriões de algumas das cidades envolvidas, dentre eles Rodrigo Salvador e Sol Bueno (Belo Horizonte), João Mendes Rio (Casa Branca- Brumadinho), Ricardo Rodrigues e Alexandre Bianchini (Pará de Minas) e Letícia Leal (Contagem), além de convidados, apresentando trabalhos autorais e canções dedicadas a Dércio Marques, artista homenageado pelo circuito.
Músico mineiro, Dércio Marques foi um dos cantadores que mais contribuiu com a arte nos “Brasis”, unindo artistas de toda parte, de várias gerações, estilos e culturas. O nome “Dandô”, vem de um trecho da canção Canto dos Ipês Amarelos, de autoria de João Bá, e gravada por Dércio, “Dandô, Ô dandei../ Olha o vento que brinca de dandar/ Ele vem pra levar as/ andorinhas/ E quem sabe a canção pra uma janela / Saciar o ipê que se formou/ E roubar suas flores amarelas (…)”. A palavra é uma corruptela do verbo andar, no linguajar dos pretos velhos, mas pelo trabalho de Dércio Marques em construir pontes musicais e valorizar a cultura popular, bem pode ser também “dandar” por uma forma diferente de se fazer arte, cultura e brincar com a criatividade. E é esta a proposta do “Dandô”, ao envolver artistas que têm seu trabalho reconhecido junto ao público, mas que, por meio do projeto, podem obter uma melhor projeção no panorama nacional, levando um canto em cada canto do Brasil.
Idealizado pela cantora Kátya Teixeira, o circuito busca a realização de uma verdadeira interação musical por todo o país, por meio do intercâmbio entre artistas de vários rincões, objetivando mostrar as diversas sonoridades regionais e gerar também novos públicos. Cada artista que integra o projeto sai de sua cidade natal para se apresentar nos pontos que fazem parte do circuito, seguindo um calendário anual de shows de março a dezembro. Na circulação estão envolvidos artistas anfitriões e em circulação, que juntos, em cada cidade, promovem projeção da cultura local, apresentação de trabalhos musicais dos artistas em circulação, intercâmbio cultural e reflexão. Sempre ao final de cada apresentação o público participa de uma roda de conversa e podem conhecer mais sobre o artista, fazer perguntas e refletir sobre o fazer artístico cultural.
O Dandô teve seu início em 2013 com shows em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Minas Gerais, e já ultrapassou 70 cidades, contando com mais de 500 pessoas envolvidas diretamente em sua produção por todo o país. “A circulação de cada artista conta com uma rede de apoiadores locais, que se articulam de forma colaborativa e participam em todo o processo, como a acolhida do artista, a divulgação, e o planejamento dos locais de apresentação. O grande financiador do circuito é o público, que possibilita a manutenção da rede. É realmente um mutirão criativo”, afirma Sol Bueno, uma das organizadoras do circuito. Convite certo para boa música, tecida ao som de uma verdadeira ciranda da arte! Venha fazer parte!