Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha.
Todo o conhecimento humano começou com intuições, passou daí aos conceitos e terminou com ideias.
A nossa época é a época da crítica, à qual tudo tem que submeter-se. A religião, pela sua santidade, e a legislação, pela sua majestade, querem igualmente subtrair-se a ela. Mas então suscitam contra elas justificadas suspeitas e não podem aspirar ao sincero respeito, que a razão só concede a quem pode sustentar o seu livre e público exame.
Só a crítica pode cortar pela raiz o materialismo, o fatalismo, o ateísmo, a incredulidade dos espíritos fortes, o fanatismo e a superstição, que se podem tornar nocivos a todos e, por último, também o idealismo e o ceticismo, que são sobretudo perigosos para as escolas e dificilmente se propagam no público.
O que é o Iluminismo? O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! – esse é o lema do Iluminismo
Há uma lógica curiosa e convincente, mesmo no mais perverso pensamento humano.
Pensamentos sem conteúdos são vazios, intuições sem conceitos são cegas.
A razão só tem uma intuição sobre o que ela cria depois de um esboço próprio.
A experiência é sem qualquer dúvida o primeiro produto que o nosso entendimento obtém ao elaborar a matéria bruta das sensações.
A experiência é um conhecimento empírico, isto é, um conhecimento que determina um objeto por percepções.
A razão foi-nos atribuída como poderio prático, isto é, como poderio que deve ter influência sobre a vontade.
Uma proposição incorreta é forçosamente falsa, mas uma proposição correta não é forçosamente verdadeira.
As ideias da razão pura jamais podem ser em si mesmas dialéticas, mas tem que ser o seu simples abuso que faz com que delas surja uma aparência enganosa.
Comentários
“Quem não sabe o que busca não identifica o que acha”, falou tudo, quem não faz a pergunta certa não tem chance de encontrar a resposta.