Tão magnífico cometa que,
longe de qualquer visão,
desloca-se nos confins do universo
onde jamais um vivente estará.
Um rastilho enorme, de cores fantásticas,
num reluzir de brilhos incríveis,
cada ponto refazendo uma estrela
e o conjunto perfazendo infinita curva.
Cores que nunca existiram para os nossos olhos:
azuis impossíveis, rosas e vermelhos indescritíveis,
amarelos que Van Gogh nunca pintou,
um arco-íris de cores não codificadas.
Universo nos confins do universo.
Por mais velozes fossem nossos projéteis,
mais longe fosse o alcance dos telescópios
e mais intrépida a imaginação,
lá restará – para sempre – a supremacia da beleza,
no absoluto vácuo de quem a testemunhe.
Comentários
SIM. SENSIVEL O POETA, QUE TRANSPOE GALAXIAS P/ ENXERGAR E DESCREVER COM A MESMA HARMONIA DO UNIVERSO OS SEGREDOS E BELEZAS NELE CONTIDOS.
Bárbaro! Bonito! A natureza se manifestando em Poesia!
O andarilho de versos urbanos se traduz num poeta na mais intrépida imaginação, lavrando versos, semeando cometas e vai por aí, nesse universo paralelo.
Marcos Apolinário Santana