Horizontes roubados

Publicado por Antonio Ângelo 5 de dezembro de 2013

Atente aos montes, distancias,
reflita e se surpreenda,
isto é Minas Gerais.

Lavadeiras cantam nos rios,
sons de congado nas ruas,
novenas, terços, procissões.

Desconfie – no entanto –
da perenidade do eco
que retorna nossos gritos.

Se no vale ouvirmos
estrondo de explosões,
é que horizontes desabam:

não são eternas as montanhas
antes – como nos presépios –
frágeis são e desaparecem.

Comentários
  • Gislaine 4003 dias atrás

    As montanhas se desfazem dentro de nos mesmos quando implodimos nossos sentimentos.

  • Wesley 4006 dias atrás

    É verdade, poeta, os horizontes ora se estreitam, ora desaparecem. As montanhas e os horizontes são frágeis, fora e dentro de nós. Felizmente, há a poesia. Meu aplauso pela carpintaria.

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